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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O que é Desenvolvimento Sustentável?

          O que é Desenvolvimento Sustentável?


Ambientais, econômicas e bem-estar social para hoje e amanhã

Desenvolvimento sustentável tem sido definido de muitas maneiras, mas a definição mais frequentemente citado é de Nosso Futuro Comum, também conhecido como Relatório Brundtland:

"O desenvolvimento sustentável é desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem suas próprias necessidades Ele contém em si dois conceitos-chave.:

    o conceito de necessidades, em particular as necessidades essenciais dos pobres do mundo, a que prioridade absoluta deve ser dada, e

    a idéia de limitações impostas pelo estado da tecnologia e da organização social sobre a capacidade do meio ambiente para atender às necessidades presentes e futuras. "

Todas as definições de desenvolvimento sustentável exigem que vemos o mundo como um sistema de um sistema que conecta o espaço, e um sistema que conecta o tempo.

Quando você pensa do mundo como um sistema ao longo do espaço, você cresce a entender que a poluição atmosférica da América do Norte afeta a qualidade do ar na Ásia, e que os pesticidas pulverizados na Argentina pode prejudicar as populações de peixes na costa da Austrália.

E quando você pensar no mundo como um sistema ao longo do tempo, você começa a perceber que as decisões de nossos avós fizeram sobre como cultivar a terra continue a afetar a prática agrícola de hoje, e as políticas económicas apoiamos hoje terá um impacto sobre a pobreza urbana quando nossos filhos são adultos.

Entendemos também que a qualidade de vida é um sistema, também. É bom ser fisicamente saudável, mas que se você é pobre e não tem acesso à educação? É bom ter um rendimento seguro, mas e se o ar em sua parte do mundo é imundo? E é bom ter a liberdade de expressão religiosa, mas que se você não pode alimentar a sua família?

O conceito de desenvolvimento sustentável tem suas raízes neste tipo de pensamento sistêmico. Ela nos ajuda a entender a nós mesmos e nosso mundo. Os problemas que enfrentamos são complexos e graves, e não podemos tratá-los da mesma forma que os criou. Mas podemos enfrentá-los.

É que o otimismo básico que motiva equipe do IISD, associados e diretoria de inovar para um futuro saudável e significativa para este planeta e seus habitantes. 





       O Desenvolvimento Sustentável

  O Desenvolvimento Sustentável é comumente definido como aquele capaz de suprir as necessidades do presente, sem que seja comprometida a capacidade das futuras gerações de satisfação das suas necessidades. No entanto, para compreender o sentido desta expressão, tão falada atualmente no cenário político, econômico e social mundial, é preciso realizar uma investigação mais detalhada sobre o contexto do seu surgimento e as transformações que alteraram o seu conceito ao longo do tempo.



        



                         UM BREVE HISTÓRICO



 A partir da consolidação da Revolução Industrial, as bases ideológicas e filosóficas desenvolvidas influenciaram a formação de uma postura econômica baseada no progresso, que passa a ser o norte do desenvolvimento das nações, sobretudo das capitalistas que se estruturavam àquela época. Isso implicava no estímulo ao consumo aliado à implantação de mais e mais fábricas, estruturadas no sentido de garantir o melhor aproveitamento das matérias-primas e um maior crescimento econômico como conseqüência.


    Os sérios danos ambientais trazidos por esta postura, como a extinção de espécies, as chuvas ácidas, o aquecimento global, etc., acarretaram o florescimento de uma consciência ambiental associada à defesa de uma atitude alternativa e pacifista que se opunha à noção de desenvolvimento a qualquer custo, trazendo as primeiras noções de sustentabilidade. No entanto, é preciso visualizar que as raízes desta discussão, além de estarem relacionadas às necessidades sociais de combate à miséria e de preservação do meio ambiente, também se relacionavam com a própria necessidade de adaptação dos mercados cuja produção dependia da matéria-prima.


     Aos poucos, a nova noção de desenvolvimento sustentável foi sendo incorporada às discussões realizadas nas conferências internacionais sobre o meio ambiente até ser tomada como parâmetro de conduta dentre as metas aprovadas por mais de 160 países presentes na Eco-92, Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro. No ano de 2002, na Rio +10, Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, ocorrida em Johanesburgo, África do Sul, de maneira mais sistemática, foi discutido o que seria o tripé de apoio de uma empresa sustentável, que difere da simples noção de responsabilidade social, tomada apenas como um passo na direção da sustentabilidade.


              O TRIPÉ DE SUSTENTABILIDADE


     O parâmetro antigo de desenvolvimento sustentável, que se relacionava com o patrimônio e com o lucro de uma empresa, país ou estado, transforma-se na noção de um tripé de sustentabilidade que, além do aspecto econômico, preza a análise dos impactos ambientais e sociais do desenvolvimento. Este tripé constitui-se basicamente em três aspectos: Pessoas, Planeta e Lucro, reconhecidos pela sigla PPL ou, no inglês, PPP (People, Planet and Proift).


                 

   Tratando-se de Pessoas, a análise se dá tanto sobre o capital humano da empresa (condições de trabalho oferecidas aos empregados, seu bem estar e saúde, adequação à legislação vigente, etc.), quanto sobre a interferência nas comunidades ao redor, que se traduzem pelo papel social da empresa. No tocante à perna Planeta do tripé, avalia-se o capital natural da empresa, que deve medir as conseqüências de sua modificação a curto, médio e longo prazo. Isto envolve além do uso consciente dos recursos naturais e a utilização de meios para a sua reposição, a adequação aos tratados ambientais como o Protocolo de Kyoto.


  A perna do Lucro faz referência à sustentação e crescimento econômico da empresa. Estes três pilares de sustentação apenas podem ser tomados em sua plena funcionalidade, se analisados de maneira integrada e harmônica. No entanto, estudiosos do assunto ainda destacam a importância de se avaliar o componente político das ações desta empresa ou sociedade, relacionado com uma postura efetivamente coerente com a noção de desenvolvimento esperada, e o componente cultural, que são os valores, limitações e vantagens da sociedade em que está inserida a entidade em questão.


    A medição da sustentabilidade do desenvolvimento de determinado país ou sociedade, é realizada a partir da leitura de diversos índices. Dados como O PIB (Produto Interno Bruto), que aponta para a receita total de uma região, não são suficientes para demonstrar o nível de desenvolvimento sob o prisma do novo conceito. Sua análise deve ser associada à de outros índices, como o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) para que possam ser oferecidas conclusões além do aspecto monetário.


    Um exemplo de índice criado para realizar esta medição é o chamado GPI, sigla americana para a expressão Indicador de Progresso Genuíno, que se aproxima do conceito contemporâneo de sustentabilidade, analisando aspectos mais detalhados como a distribuição da renda entre as camadas sociais, as perdas de recursos naturais, o nível educacional do país, a adequação das empresas às legislações ambientais e sociais vigentes, etc..


                       PRINCIPAIS CRÍTICAS


     Um guinada tão significativa no paradigma de desenvolvimento leva tempo para se amoldar às reais necessidades do nosso planeta e para ser incorporada na conduta de países com interesses tão distintos no cenário mundial. A crítica se encarrega de apontar as “falhas” e utopias envolvidas pela questão.


     Uma das principais críticas em torno do ideal de desenvolvimento sustentável se dá em torno da sua própria viabilidade, posto que, para muitos, não haveria sentido em se falar na sustentabilidade de sistemas isolados, já que os resultados dependeriam da integração de todos os sistemas que compõem o planeta.


     Sustenta-se que o ranço do conceito de desenvolvimento associado ao progresso, deixado principalmente nas culturas de modelo capitalista, impõe a análise da necessidade de mudança no próprio estilo de vida que levamos para que se possa alcançar as virtudes da sustentabilidade. Para outros, a noção de distribuição igualitária de renda seria barrada pelo próprio pilar do lucro que integra o tripé da sustentabilidade.


     Outras críticas são direcionadas para as brechas deixadas pelos próprios mecanismos de incentivo ao controle das ações anti-ambientais, como é o caso dos Créditos de Carbono, que acabariam por legitimar a degradação ambiental a partir da concessão do direito de poluir.


     O fato é que a questão é polêmica e, mesmo que diversas medidas representem progressos no caminho da sustentabilidade, muitos obstáculos irão persistir enquanto os interesses individualistas de determinadas nações se sobrepuserem à consciência holística do funcionamento global.