Prof. Dr. Jaime Martins de Santana
Jaime Martins Santana é biólogo com mestrado em biologia molecular - UnB - 1988 e doutorado em Patologia Molecular - UnB/Universidade de Poitiers-França - em 1993. Foi professor visitante do Museu de História Natural de Paris (1994) e pesquisador associado da Northwestern University - Chicago - em 1997/98. É professor do Departamento de Biologia Celular da UnB desde 1989 (Prof. Titular). Foi Chefe do Departamento de Biologia Celular, membro de vários conselhos da UnB e Coordenador, por 3 mandatos, do Programa de Pós-Graduação em Patologia Molecular-Faculdade de Medicina. É membro do Comitê Medicina I da CAPES de avaliação de Pós-Graduação e Conselheiro Nacional da SBPC. É Decano de Pesquisa e Pós-Graduação (pró-reitor) da Universidade de Brasília desde 11/2012. A linha de pesquisa principal é caracterização molecular e funcional de alvos de drogas em Trypanosoma cruzi e outros patógenos. Também atua em entomologia molecular de vetores de doenças tropicais. Os projetos referem-se a aspectos da biologia molecular, biologia celular, enzimologia, bioquímica e biologia estrutural de enzimas candidatas a alvos de drogas tripanocidas para quimioterapia da Doença de Chagas, leishmanioses e tuberculose. Publicou 54 trabalhos em periódicos especializados, orientou 14 dissetações de mestrado e 11 teses de doutorado.
Jaime Santana assume o DPP
Professor e pesquisador do IB inicia trabalho de olho no Reuni. Para ele, expansão não pode ser feita só pela graduação
André Augusto Castro - Editor da UnB Agência
Paulista de Guaraci, o professor e pesquisador do Instituto de Ciências Biológicas (IB) da Universidade de Brasília (UnB) Jaime Santana é o novo decano de Pesquisa e Pós-graduação da instituição. E já começa o trabalho com um grande desafio: fazer a pós-graduação entrar qualitativamente no Projeto UnB 50 Anos, iniciativa da universidade dentro do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).
Santana também dará continuidade ao importante trabalho desenvolvido pelo pesquisador Márcio Pimentel, que deixou o cargo por motivos de saúde. Durante dois anos, Pimentel tocou o DPP com dinamismo, ampliando fontes internas de financiamento e apoio à pesquisa com recursos próprios da instituição.
Daiane Souza/UnB Agência |
Santana quer mais bolsas de iniciação científica e pós-graduandos no apoio docente |
Para o novo decano, o papel da pós-graduação, uma das principais responsáveis pela qualidade acadêmica das instituições públicas de ensino superior, ainda não está bem definido pelo Ministério da Educação (MEC) no âmbito do programa. O Reuni alocará recursos para criar novas bolsas de mestrado e doutorado, sob a condição de esses estudantes atuarem em suporte à graduação, apoiando o trabalho docente.
"Precisamos de mais bolsas de iniciação científica para que alunos de graduação participem de projetos de pesquisa, apoiando pós-graduandos e cientistas", indica o novo responsável pelo Decanato de Pesquisa e Pós-graduação (DPP) da UnB. Além disso, ele considera que os pós-doutorandos teriam melhores condições de dar esse suporte acadêmico à graduação.
CONTINUIDADE - Na visão de Santana, o crescimento qualitativo da pós-graduação passa, necessariamente, pela concessão de infra-estrutura adequada e pelo estímulo aos novos docentes para desenvolver pesquisas e trabalhos científicos tanto nos campijá estabelecidos quanto naqueles que serão criados e construídos com recursos do Reuni (no caso da UnB, Gama e Ceilândia).
"Desejo implantar uma política agressiva de aquisição de equipamentos para estimular os novatos a fazerem pesquisas nos locais onde estiverem, especialmente, nos campi avançados", reforça o decano. Novos trabalhos científicos devem ser nucleados nas novas estruturas para que elas também se consolidem a partir do ponto de vista da qualidade acadêmica e da excelência.
"A expansão trará muitos professores que buscarão fazer ciência nos lugares onde estiverem e essa infra-estrutura precisa estar presente para criarmos cultura de pesquisa nesses locais", diz Santana, que pede: "A pós-graduação também precisa de um Reuni envolvendo o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep)".
NOVO PRÊMIO – Sobre os projetos do DPP, ele tranquiliza a comunidade acadêmica ao garantir que todos serão mantidos. E ainda traz uma novidade. O decanato criará um prêmio anual para as melhores teses da UnB nas grandes áreas do conhecimento, como forma de estimular a pós-graduação.
O reitor da UnB, Timothy Mulholland, revela que o nome de Santana é consenso na comunidade acadêmica. O maior desafio do novo decano é mesmo fazer que a pós-graduação seja parte integral no processo de expansão da UnB e no Projeto UnB 50 Anos. "Ele deverá consolidar o trabalho que vem sendo feito e apoiar os programas de pós-graduação para melhorar a avaliação feita pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), garantindo os docentes necessários para isso", destaca o reitor.
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Textos: UnB Agência. Fotos: nome do fotógrafo/UnB Agência.