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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

CIÊNCIA

Cientistas dos EUA conseguem regenerar nervos da espinha Estudo aumenta chance de encontrar a cura para pessoas que perderam movimentos cadeira de rodas O estudo abre caminho para a cura de milhares de pessoas que perderam o movimento dos membros depois de lesões à espinha (Jupiterimages) "Nossa descoberta aponta para um caminho em direção a um possível tratamento para induzir a regeneração das conexões nervosas", afirmou cientista Uma equipe de cientistas americanos conseguiu, pela primeira vez, regenerar células nervosas da espinha de um roedor. A descoberta abre caminho para que, no futuro, pessoas que perderam os movimentos dos membros possam recuperar o controle sobre eles. O estudo foi desenvolvido por pesquisadores das universidades de Irvine, San Diego e Harvard. Eles conseguiram apagar uma enzima, chamada PTEN, que regula o crescimento das células nervosas na espinha. A quantidade de PTEN é baixa durante os estágios iniciais do desenvolvimento dos animais, permitindo a proliferação dessas células nervosas. Quando o crescimento do roedor se completa, a produção de PTEN se acelera, inibindo a capacidade de regeneração das células nervosas da coluna. Um estudo em 2008 mostrou que a inibição da PTEN em camundongos permitia a regeneração das conexões do cérebro com nervo ótico lesionado. O autor do estudo, o neurologista de Harvard Zhigang He, se uniu a Oswald Steward, da Universidade de Irvine, e Binhai Zheng, da Universidade de San Diego, para verificar se a mesma abordagem poderia promover a Regeneração de nervos lesionados na espinha do animal. Até agora, segundo os especialistas, uma regeneração robusta do tecido nervoso da espinha era impossível. De acordo com Steward, "a paralisia e perda de movimento a partir de lesões causadas à coluna são consideradas impossíveis de serem tratadas". Mas ele se diz otimista: "Nossa descoberta aponta para um caminho em direção a um possível tratamento para induzir a regeneração das conexões nervosas após lesões à coluna das pessoas". A perda dos movimentos acontece por causa da quebra das conexões nervosas entre o cérebro e a espinha. Uma lesão do tamanho de uma uva pode levar à paralisia dos movimentos nos membros abaixo da altura em que ocorreu o dano. Uma lesão na região do pescoço, por exemplo, pode causar paralisia nos braços e pernas, perda da sensibilidade abaixo dos ombros, perda da função sexual e riscos secundários, incluindo infecção urinária, inflamações e formação de coágulos. Steward explica que "essas consequências devastadoras ocorrem mesmo que o restante da espinha esteja intacta abaixo da região onde ocorreu o dano". "Todas essas funções poderiam ser restauradas se pudéssemos encontrar uma forma de regenerar as conexões perdidas", completou. No entanto, o médico ressalta que um possível tratamento para seres humanos ainda está longe de virar realidade. Agora, a equipe está verificando se o tratamento por meio da inibição da PTEN pode levar à restauração da função motora dos camundongos lesionados.